Igreja de N.ª Senhora d'Agonia
É a mais famosa das quatro capelas erguidas no outrora conhecido como "Morro da Forca", juntamente com a Capela de Nossa Senhora da Conceição (actualmente vazia, e cuja construção remontará aos finais do séc. XVI), a Capela de São Roque, e a Capela do Bom Jesus da Via Sacra (posteriormente denominada como Capela da Senhora da Soledade).
Originalmente capela de romaria, reproduz nos sete alares os passos da via sacra que lhe deu origem. É rematada, entretanto, na nave, por uma pintura da Ressurreição, ao gosto do século XIX, incluindo uma escultura do Cristo ressuscitado. Esta nave, única, por sua vez remata com a Capela Mor, cujo altar, em estilo D. João V, é de uma beleza de grande intensidade. Em diversos altares laterais, podem ver-se telas de boa escolástica.
Originalmente capela de romaria, reproduz nos sete alares os passos da via sacra que lhe deu origem. É rematada, entretanto, na nave, por uma pintura da Ressurreição, ao gosto do século XIX, incluindo uma escultura do Cristo ressuscitado. Esta nave, única, por sua vez remata com a Capela Mor, cujo altar, em estilo D. João V, é de uma beleza de grande intensidade. Em diversos altares laterais, podem ver-se telas de boa escolástica.
Os retábulos dos altares e o púlpito foram decorados com a chamada "talha gorda" bracarense, com destaque para o cenotáfio da Paixão de Cristo, de autoria de André Soares (Braga, 1720 - 1769, arquitecto português, de barroco rococó). Fazem, ainda, parte do acervo desta igreja uma urna envidraçada onde se pode ver a múmia de S. Severino, oriunda de Roma, bem como o túmulo do General Luís do Rego, um notável vianense (Viana do Castelo, 28 de Outubro de 1777 - 7 de Setembro de 1840, 1.º visconde de Geraz do Lima, militar e administrador colonial que se distinguiu no combate às invasões francesas).
Em
estilo barroco tardio, destaca-se na fachada desta igreja o portal em "asa de
morcego". Internamente apresenta nave de planta octogonal e capela-mor
no seu enfiamento. A
torre sineira traseira, erguida em 1868, e que domina toda a cidade,
manteve-se deslocada do corpo do edifício para não impedir as voltas da
romagem.
Esta Igreja integra-se num conjunto arquitectónico de grande interesse. Em diferentes planos, podem ver-se a Capela de S. Roque, a velha Ermidinha do Senhor da Boa Morte, a igrejinha da Senhora da Conceição, uma linda torre sineira e dois fontanários e, ainda, um cruzeiro (três cruzes em granito).
O ponto mais elevado, donde se avistavam, outrora, os navios veleiros que aportavam a Viana, foi também lugar de onde se assistiu a grandes tragédias marítimas. Existe, no local, um farol para orientar a navegação na demanda da barra de Viana.
Em 1998, ano em que se comemorava o 150.º aniversário da elevação de Viana do Castelo a Cidade, a Presidência de Honra da Romaria da Agonia foi de Amália Rodrigues que fez questão de, apesar da sua avançada idade, prestigiar a Romaria e os próprios vianenses com a sua presença, envergando um traje vianense, e participando activamente nos principais números das festividades daquele ano.
O ponto mais elevado, donde se avistavam, outrora, os navios veleiros que aportavam a Viana, foi também lugar de onde se assistiu a grandes tragédias marítimas. Existe, no local, um farol para orientar a navegação na demanda da barra de Viana.
Tapetes floridos
Os
tapetes floridos são uma das principais atracções da Romaria. Durante toda a
noite, as principais ruas da Ribeira engalanam-se para receber a
procissão no dia do feriado municipal. Por
isso, pela noite dentro, os populares criam tapetes de flores, sal e
instrumentos da faina para que, nesse dia, ali passe a Senhora d’Agonia
em procissão.
Em 1998, ano em que se comemorava o 150.º aniversário da elevação de Viana do Castelo a Cidade, a Presidência de Honra da Romaria da Agonia foi de Amália Rodrigues que fez questão de, apesar da sua avançada idade, prestigiar a Romaria e os próprios vianenses com a sua presença, envergando um traje vianense, e participando activamente nos principais números das festividades daquele ano.
Cortejo etnográfico
O Alto Minho tem grandes romarias:
São Bento da Porta Aberta no Gerês,
Senhora da Peneda ou São João d'Arga
nas serras homónimas. Contudo a da Senhora da Agonia assume-se como a "romaria das romarias".
De resto, já o conde d'Aurora se lhe referia em 1929, como "a Festa
Nacional do Minho".
Em anos mais recentes, os promotores dos festejos
têm procurado acentuar esta característica englobante, fazendo incluir
no cortejo etnográfico quadros referentes aos
diferentes concelhos do distrito.
Sem prejuízo deste aspecto, esta romaria continua a manter um traço
essencial: a devoção das gentes do mar.
O culto da Senhora da Agonia remonta ao século XVIII. A primeira
referência escrita data de 1744, sendo de 1773 a tela votiva mais
antiga.
Programa da Romaria da Senhora d'Agonia 2012
A romaria da Senhora d'Agonia/2012 vai decorrer ente os dias 17 (sexta-feira) e 20 (segunda-feira) de Agosto. Está, este ano, subordinada ao tema "doces tradicionais vianenses e a arte da canelografia". | |
De entre os múltiplos e variados eventos, destacam-se a "Procissão Solene da Senhora d'Agonia" (sexta-feira), o "Cortejo Etnográfico" (sábado), o "Desfile Vamos para a Serenata" (domingo), a "Procissão ao mar" e os "Tapetes Floridos na Ribeira" (segunda-feira - dia da Sr.ª d'Agonia, padroeira dos pescadores vianenses). |
Sabores tradicionais do Minho
"Arroz Doce"
Ingredientes:
250 gr de arroz
250 gr de açúcar branco
6 gemas
7,5 dl de leite
Sal, casca de limão, 1 pau de canela
Canela em pó q.b.
Água q.b. (+/- 7,5 dl)
Preparação:
Leve ao lume uma panela com água suficiente para cobrir o arroz, temperada com um pouco de sal.
Quando começar a ferver introduza o arroz que deve deixar cozer até absorver a água (cerca de 5 minutos).
À parte, ferva o leite com a casca de limão e o pau de canela e adicione-o ao arroz. Deixe cozer em lume muito brando e acrescente o açúcar.
Decorridos cerca de 10 minutos, retire do lume, deixe arrefecer um pouco e incorpore as gemas batidas, misturando-as previamente com um pouco de leite, fervido e frio, para que não talhem. Vai novamente ao lume para que as gemas cozam, sem ferver.
Transfira para pratinhos ou travessa e decore com canela, depois de frio.
"Arroz Doce"
Ingredientes:
250 gr de arroz
250 gr de açúcar branco
6 gemas
7,5 dl de leite
Sal, casca de limão, 1 pau de canela
Canela em pó q.b.
Água q.b. (+/- 7,5 dl)
Preparação:
Leve ao lume uma panela com água suficiente para cobrir o arroz, temperada com um pouco de sal.
Quando começar a ferver introduza o arroz que deve deixar cozer até absorver a água (cerca de 5 minutos).
À parte, ferva o leite com a casca de limão e o pau de canela e adicione-o ao arroz. Deixe cozer em lume muito brando e acrescente o açúcar.
Decorridos cerca de 10 minutos, retire do lume, deixe arrefecer um pouco e incorpore as gemas batidas, misturando-as previamente com um pouco de leite, fervido e frio, para que não talhem. Vai novamente ao lume para que as gemas cozam, sem ferver.
Transfira para pratinhos ou travessa e decore com canela, depois de frio.
(1) - Em 2005, foi inaugurado, na praia de Matosinhos, o monumento "Tragédia do
Mar", uma escultura em homenagem ao naufrágio de 1947, com cerca de três
metros de altura, composto por cinco figuras de órfãos e viúvas em cujas
faces transparece a tragédia ocorrida.
É da autoria de José João Brito, baseado na tela do mesmo nome criada pelo Mestre Augusto Gomes.
É da autoria de José João Brito, baseado na tela do mesmo nome criada pelo Mestre Augusto Gomes.
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