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domingo, 12 de agosto de 2012

"To be, or not to be"... Twiggy, a primeira "top model" do mundo.




Twiggy. Mais que modelo foi um mito. Lesley Hornby, antigamente Twiggy Lawson, mas para o grande público apenas Twiggy (Twickenham, Middlesex, 19 de Setembro de 1949). Modelo, actriz e cantora britânica nascida na Inglaterra e considerada a primeira top model do mundo.
A sua figura quase andrógina, magérrima, pequena, com cabelos loiros muito curtos e uns olhos enormes, realçados com camadas de rímel e cílios postiços, tornaram Twiggy um ícone da moda nos anos 60 (séc. XX).

O nascer de uma estrela 

Foi o fotógrafo Justin de Villeneuve, nome artístico de Nigel John Davies, que se interessou por ela, quer profissional quer afectivamente. O nome com que chegou ao estrelato vem desse período: de tão magrinha (1,67m, 42 kg, 82-59-82), Lesley era chamada de "graveto" (twig, em inglês)!
Twiggy by Justin Villeneuve
A partir do encontro com Justin, a carreira da modelo descolou tornando-se muito conhecida, tanto na Europa como nos E.U.A, justamente por se contrapor ao padrão de beleza feminina dos anos 50, de mulheres voluptuosas e sensuais como  Marylin Monroe.
Os seus olhos rasgados, cabelos curtos e traços angelicais formaram o rosto mais emblemático dos anos 1960. Na década que inaugurou a mini-saia e plantou o flower power, Twiggy reinou. E não só por causa do ícone fashion em que se transformou, mas também pelas portas que abriu. Twiggy é descrita como sendo a primeira modelo a tornar-se um ídolo de massa. Para qualquer lado que fosse cercavam-na multidões, como acontecia com os Beatles.
Twiggy, oriunda de uma família de classe média, começou a ser fotografada aos 16 anos. Era Janeiro de 1966 quando a "colegial que só amava moda e garotos" teve as madeixas cortadas e descoloridas pelo top cabeleireiro Leonard. O ensaio com a novata magricela acabou nas mãos de Deidre McSharry, então editora do jornal inglês Daily Express. Em 23 de Fevereiro, ela estampava a primeira página do diário, sob o título Face of '66.
Começava uma carreira meteórica - e que se desdobraria em várias outras. Com 17 anos, Twiggy contabilizava fãs até no Japão e ostentava no currículo poses para grandes nomes da fotografia, como Melvin Sokolsky, Richard Avedon e Bert Stern (este último assinou também três documentários sobre a primeira viagem da modelo aos Estados Unidos, em 1967). Em 1968, Twiggy figurou ao lado de Marilyn Monroe, Ginger Rogers, Greta Garbo e Rita Hayworth para a revista Queen.
Contudo, a sua carreira nas "passerelles" e capas de revista foi curta. Deixou de ser modelo em 1969. Encorajada pela fama instantânea, resolveu experimentar outros caminhos. Ainda em 1966, gravou um single, Beautiful Dreams, pela Ember Records. No mesmo ano, também lançou a sua primeira linha de roupas.
Descobrindo-se multitalentosa, Twiggy viu os estúdios fotográficos ficarem pequenos demais com o passar do tempo. Em 1970, apenas quatro anos após ter começado a desfilar, aposentou-se dos cliques full-time por uma óptima causa: foi convidada pelo director Ken Russell para estrear como actriz na versão cinematográfica do musical The Boy Friend. A nova carreira, como a de modelo, obteve sucesso imediato: Twiggy ganhou dois Globos de Ouro pelo papel (actriz revelação e melhor actriz em musical).
Desde então, ela é actriz, cantora, apresentadora, escritora, estilista... e modelo! Participou também em filmes como Club Paradise (1986), com Robin Williams, e Madame Sousatzka (1988), ao lado de Shirley MacLaine e Leigh Lawson, seu marido até hoje. Nos anos 1990, comandou o talk-show Twiggy's People, na ITV, e, em 2001, encabeçou outro programa, Take Time with Twiggy, no mesmo canal. Gravou vários álbuns, passando por diversos géneros: pop, rock, disco, country... O mais recente CD, Gotta Sing Gotta Dance, tem canções de compositores como Noel Coward, Cole Porter e Richard Rodgers e foi lançado em 2010.
Lançou ainda três autobiografias: Twiggy by Twiggy (How I Probally Just Came Along on a White Rabbit at the Right Time, and Met the Smile on the Face of the Tiger), em 1968; Twiggy, em 1975, e Twiggy in Black and White, em 1997.
Em 1973, posou ao lado de David Bowie para o álbum dele chamado Pin Ups.



Hoje

Twiggy e Justin eram, nos anos 60, o casal símbolo da moda. Nunca oficializaram a sua união. Em 1977, ela casou com o actor Marco Whitney, com quem teve uma filha, Carly. Ficou viúva em 1983 e casou-se novamente com o actor Leigh Lawson, de quem adoptou o actual sobrenome. O casal vive na Inglaterra.
Tudo leva a crer que Twiggy parece não sentir saudades da época de modelo. No livro Modelo - O mundo feio das mulheres lindas, do jornalista Michael Gross (Objetiva, 1996), ela declarou: "Eu costumava ser uma coisa. Agora sou uma pessoa".
Actualmente, além de cantar, Twiggy assina uma linha de aromaterapia e costuma dedicar-se a causas sociais, sendo uma militante activa do PETA (People for Ethical Treatment of Animals) e é ex-jurada do programa "America's Next Top Model", produzido pela também ex-modelo, Tyra Banks.


TO BE, OR NOT TO BE, THAT IS THE QUESTION

To be, or not to be, that is the question:
Whether 'tis Nobler in the mind to suffer
The Slings and Arrows of outrageous Fortune,
Or to take Arms against a Sea of troubles,
And by opposing end them: to die, to sleep
No more; and by a sleep, to say we end
The heart-ache, and the thousand Natural shocks
That Flesh is heir to? 'Tis a consummation
Devoutly to be wished. To die to sleep,
To sleep, perchance to Dream; Ay, there's the rub,
For in that sleep of death, what dreams may come,
When we have shuffled off this mortal coil,
Must give us pause. There's the respect
That makes Calamity of so long life:
For who would bear the Whips and Scorns of time,
The Oppressor's wrong, the proud man's Contumely, 
The pangs of despised Love, the Law’s delay, 
The insolence of Office, and the Spurns
That patient merit of the unworthy takes,
When he himself might his Quietus make
With a bare Bodkin? Who would Fardels bear,
To grunt and sweat under a weary life,
But that the dread of something after death,            
The undiscovered Country, from whose bourn
No Traveller returns, Puzzles the will,
And makes us rather bear those ills we have,
Than fly to others that we know not of.
Thus Conscience does make Cowards of us all,
And thus the Native hue of Resolution
Is sicklied o'er, with the pale cast of Thought,
And enterprises of great pitch and moment, 
With this regard their Currents turn awry, 
And lose the name of Action. Soft you now,
The fair Ophelia? Nymph, in thy Orisons
Be all my sins remembered.

- William Shakespeare in Hamlet, Act 3, Scene 1 Soliloquy.

















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